Proposta de retorno ao trabalho presencial na EPE provoca debate sobre modelo híbrido

A empresa quer retomar a frequência física a partir de janeiro, mas há grande insatisfação na base, que prefere a atividade remota. O tema será pauta de novas discussões.

Negociação Coletiva: Senge-RJ x Empresa de Pesquisa Energética

Vigência: 2021/2022

Data da ocorrência: 18/11/2021

Ocorrência: Informe do Senge_RJ


Em função da apresentação pela EPE de sua proposta de retorno ao trabalho presencial a partir de janeiro de 2022 – assunto a ser debatido junto ao Conselho de Administração, em reunião do dia 19 de novembro-, o Senge RJ, o Sintergia-RJ e o Sinaerj encaminharam um ofício ao Conselho, com cópia para a Diretoria Executiva, solicitando retirada do item da pauta de reunião prevista para esta sexta, com o objetivo de aprofundar o debate junto aos trabalhadores. Diante desse pleito, representantes da EPE, dos sindicatos e da comissão de empregados se reuniram em 18 de novembro, para uma conversa a respeito do tema. Abaixo, segue breve descrição dos resultados dessa reunião.

Questões centrais apresentadas pelos sindicatos e comissão de empregados:

  1. A retirada do assunto da pauta do Conselho de Administração é essencial, tendo em vista a necessidade de ampliar o debate junto aos empregados, antes de uma efetiva tomada de decisão. Após a apresentação feita pela empresa no dia 12 de novembro, houve descontentamento generalizado na base.
  2. Pesquisas recentemente realizadas junto aos empregados da EPE indicam que a maioria dos empregados prefere o trabalho remoto ao presencial. Houve redução de custo para a empresa no período e aumento da produtividade dos trabalhadores. É preciso que a EPE leve esses fatores em consideração antes da decisão de retorno ao regime de trabalho presencial.

Resposta da empresa:

  • A decisão de retorno ao trabalho presencial é uma prerrogativa da empresa, embora o formato proposto possa ser eventualmente revisto em casos particulares. O retorno escalonado tem por objetivo garantir a adaptabilidade dos profissionais, mas também gerenciar fatores externos de pressão sobre a EPE, em virtude da melhoria das condições sanitárias. Nesse sentido, o assunto precisa ser pauta da reunião do Conselho de Administração (CA). O ofício encaminhado pelos sindicatos foi recebido pelo CA e cabe ao Conselho definir se vai respondê-lo ou não. As respostas do Conselho, em geral, exigem manifestação do seu presidente, atualmente o Ministro de Minas e Energia.
  • O novo modelo de trabalho da EPE, contudo, não será definido sem escuta dos trabalhadores. O retorno ao trabalho presencial não antecipa o modelo a ser criado. A reunião do Conselho de Administração tratará exclusivamente do retorno ao trabalho presencial no período de janeiro a maio de 2022. O novo modelo de trabalho, a ser aplicado, eventualmente a partir de maio, ainda será objeto de discussão com os trabalhadores e os sindicatos. É intenção da EPE adotar um novo modelo de trabalho via acordo coletivo e não acordos individuais. Para tanto, o debate com os empregados é condição essencial.
  • A EPE tem clareza de que o modelo de trabalho exclusivamente presencial não se adequa mais à empresa, mas suas pesquisas qualitativas, junto aos gestores, indicam que essa é a única unanimidade por ora alcançada. O novo formato híbrido de trabalho está em processo de construção.

Nova reunião será realizada entre as partes, possivelmente na próxima semana, para avaliação dos encaminhamentos do Conselho e prosseguimento das negociações.

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Abaixo, segue link para o ofício dos sindicatos dirigido ao Conselho de Administração da EPE.

Ofício Retorno Trab Presencial_assinado_17Nov21.pdf

 

 

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